Toques de sabedoria

Data 05.02.12

                                                                SER FELIZ!!!

 

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Data 04.02.12
Dicas sobre como Preparar um
Relato de Experiência

 World Tribune, 6 de novembro de 1998, página 11
Traduzido por Liana Leal from SGI, Houston, Texas.

  Um relato de experiência, ou testemunho na fé, é a sua oportunidade de partilhar com outras pessoas a história de seu crescimento como um resultado da prática do Budismo de Nitiren Daishonin. Os relatos de experiência partilham seus sentimentos e idéias - boas ou más positivas ou negativas - e normalmente incluem uma citação relevante das escrituras de Nitiren Daishonin, assim como palavras que lhe tenham servido de inspiração.
Qual é a essência de sua experiência na fé? Os leitores ou os ouvintes deverão perceber tudo de forma clara. Eles assim farão, se você for claro.
Muitas experiências são dramáticas. Tome cuidado com a forma segundo a qual sua história deva seguir uma seqüência narrativa. Aqui estão algumas perguntas que você pode formular a si mesmo com vistas a definir a seqüência narrativa de sua história:
1) Qual foi o problema ou dificuldade inicial? 
2) Quais estratégias você empregou para corrigir o problema?
3) As coisas pioraram?
4) Como foi sua luta?
5) Em que momento você deu-se conta do poder de sua prática budista frente ao problema?
6) Qual foi seu momento crucial, aquela situação do tipo “agora vai, ou racha”?
7) Qual foi a barreira que você ultrapassou ou o entendimento você atingiu?
8) O que você fará agora?

Benefícios não são milagres. Os benefícios externos resultam de nossas mudanças internas. A ênfase excessiva nos benefícios conspícuos ou milagrosos pode gerar uma impressão incorreta acerca do Budismo. Preste atenção para sempre explicar o funcionamento do Budismo, ou seja, como a mudança interior de uma pessoa resulta no benefício recebido.

É o poder da fé e da prática de uma pessoa que farão com que se evidenciem os poderes do Buda e da Lei no Gohonzon (os quatro poderes). Assim, ao invés de falar do “poder do Gohonzon” ou de que o “Gohonzon mudou minha vida”, fale que “minha prática no Gohonzon mudou minha vida”. Dessa forma, ficará clara, vez após vez, qual a relação existente entre os esforços de uma pessoa na fé e na prática, e o poder do Gohonzon.

Existem muitas expressões que utilizamos na SGI que são compreendidas apenas por nós mesmos. De forma mais específica, nos relatos de experiência essas expressões devem ser evitadas ou, então, explicadas, de sorte que qualquer um possa compreendê-las. Por exemplo, o que significa exatamente “Eu me fundi com o Gohonzon”? Nessa mesma linha, “Eu recitei bastante daimoku” também não diz nada. “Bastante” é um termo relativo: quanto foi que você recitou de daimoku?

É crucial recitar um daimoku sincero para que seu relato de experiência encoraje outras pessoas. O objetivo não é receber elogios, mas encorajar outras pessoas na fé. Um grande relato de experiência brota de um coração que toca outros corações.

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Diálogo com um agricultor

Edição 517 - Publicado em 17/Setembro/2011 - Página 62
No volume 1 da Nova Revolução Humana, o presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda dialoga com um agricultor imigrante japonês. O assunto era o fracasso da plantação do agricultor. O presidente Ikeda o orienta de forma prática e revela a chave da vitória:
A COLHEITA
Um senhor, aparentando pouco mais de 40 anos, começou a falar nervosamente.
— Meu trabalho é a agricultura, senhor!
— Por favor, fique mais à vontade. Não estamos num exército. Todos são companheiros e membros de uma mesma família. Por isso, sinta-se como se estivesse em sua própria casa.
(...) A pergunta referia-se ao fracasso na colheita de hortaliças, isso porque ele havia iniciado recentemente o cultivo. Ele ficara atolado em dívidas e queria saber como superar aquela situação.
Shin-iti perguntou-lhe:
— Qual foi o motivo do insucesso na colheita?
— Imagino que o clima tenha influenciado um pouco...
— O senhor sabe se alguém alcançou êxito plantando a mesma espécie?
— Sim. Mas a maioria teve fracasso.
— Será que não houve problema de adubação?
— Não tenho certeza...
— E quanto aos cuidados com a plantação, será que foram adequados?
Ele não soube responder.
— A espécie de hortaliça e o tipo de solo eram compatíveis?
— Não sei...
Aquele senhor não soube responder satisfatoriamente às questões levantadas por Shin-iti. Como fazendeiro, ele trabalhara com toda a seriedade, fazendo o melhor possível, assim como os demais. Mas achar que apenas isso era suficiente acabava levando-o ao descuido. Ele não havia percebido esse erro. Shin-iti começou a falar de forma mais acentuada.
— Para não repetir o mesmo fracasso, o senhor deve PESQUISAR e VERIFICAR minuciosamente as causas do insucesso na colheita. É importante também consultar e ouvir as pessoas que tiveram uma boa safra para aplicar as experiências dessas pessoas em seu trabalho. Além disso, procure ESTABELECER TODOS OS PLANOS para não cometer outro fracasso. Uma pessoa que está realmente DECIDIDA A VENCER não dispensa a constante pesquisa e aplicação na criação de todos os recursos necessários. Se houver negligência nessa conduta, não poderá obter sucesso algum. É um grande erro imaginar que terá uma abundante colheita em sua horta apenas porque está se empenhando na prática da fé. O Budismo é a mais suprema razão. Portanto, a fervorosa prática da fé deve ser evidenciada por meio de um esforço redobrado na PESQUISA, no PLANEJAMENTO e na CRIATIVIDADE. A recitação do Daimoku com toda a seriedade é a fonte básica de onde brotará a energia para esse grande desafio. Além do mais, seu Daimoku deve ser como o Juramento.
— Juramento...? — perguntou o senhor. Todos estavam ouvindo aqueles conceitos pela primeira vez.
— Sim, Juramento — respondeu Shin-iti — Isso significa fazer o Juramento e orar para realizá-lo.
Shin-iti ressaltou suas palavras pondo mais vigor na voz.
— Quando se trata de oração, existem pessoas que não se esforçam e ficam apenas esperando que a resposta de seu pedido caia do céu. Se uma religião permite essa conduta, então estará corrompendo o ser humano. No Budismo Nitiren, a ORAÇÃO é originalmente o JURAMENTO e sua essência, o KOSSEN-RUFU. Em outras palavras, significa orar resolutamente com a seguinte determinação: “Eu vou realizar o Kossen-rufu do Brasil. Para isso, vou demonstrar brilhantes comprovações também em meu trabalho. Por favor, faça que eu possa evidenciar o máximo de minhas forças”. Este deve ser o contexto básico de nossas orações. Com essa DISPOSIÇÃO, devemos estabelecer OBJETIVOS CLAROS a serem realizados concretamente a cada dia, desafiando-os e orando pela concretização de cada um deles. É dessa seriedade e forte determinação que emergem a sabedoria e a criatividade, e é daí que se abre o caminho do sucesso. Portanto, a vitória na vida surge da interação entre “DECISÃO” e “ORAÇÃO”, “ESFORÇO” e “PLANEJAMENTO”. É um erro querer ganhar uma grande fortuna apenas sonhando ou ficando na expectativa de uma oportunidade de ganho fácil e lucrativo. Isso não é fé; é apenas uma fantasia. O trabalho é a base que sustenta a vida diária. Se não obtiver vitória no trabalho, não é possível comprovar o princípio de que o “budismo é a própria vida diária”. Por favor, abandone por completo a postura acomodada e empenhe-se mais uma vez no trabalho, conduzindo todo o seu ser com renovada decisão.
— Sim. Eu vou me esforçar.
Seus olhos brilhavam com uma nova determinação. Shin-iti estava plenamente ciente da difícil e penosa situação dos imigrantes agrícolas. Para atingir o sucesso nessa circunstância, seria necessário, mais do que qualquer outra providência, que eles lutassem contra o próprio comodismo e conformismo. O inimigo estava dentro deles.
Quanto mais adversa for a situação, mais importante será a RESOLUÇÃO de que agora é a época de alcançar a vitória na vida. É exatamente nessa hora que se evidencia a força benéfica do Gohonzon. Por essa razão, pode-se qualificar as condições desfavoráveis como uma chance para comprovar a força do Budismo.
O Budismo expõe realmente que, se uma pessoa comete algum mal contra seus semelhantes, ela terá de trilhar um curso de infelicidades como resultado dos atos negativos do passado. Entretanto, este é somente um aspecto dos ensinos budistas. Se a vida se restringisse apenas a isso, as pessoas teriam de viver numa constante insegurança justamente por não conseguir saber as causas negativas de existências passadas. Elas carregariam um grande complexo de culpa. E o destino constituiria algo previamente delineado e provocaria nas pessoas o desinteresse pela própria vida. Portanto, elas se tornariam adeptas de um modo de vida passivo no qual a única preocupação seria a de não cometer nenhum mal.
O Budismo Nitiren transcende o limite da concepção superficial da lei de causa e efeito, de castigo e recompensa, e revela a natureza real da causalidade e a forma como recuperar o estado de pureza da vida, que existe desde o infinito passado. Ou seja, uma pessoa deve viver em prol do Kossen-rufu consciente da MISSÃO como Bodhisattva da Terra.